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TEMPESTADE


A tempestade se aproxima.
Nos caminhos incertos,
processos.
Na voz do júri que oprime.
No corpo, na mente
e na alma.
No sopro atômico
que tudo para.
Que tudo acalma.
Nas palavras que degrada,
extingue.
Como uma garganta
que não canta,
não exprime.

Breve virá!
Breve virá!
Será?

A tempestade se aproxima.
Imagine esta hora.
Em pé, deitado,
dormindo ou acordado.
Seus sonhos, projetos, afetos.
Dissipados como gás.
Na mente do viciado.
E todas as horas de malhação.
Próteses, botox
e intervenção.
Anabolizando a situação.
Lapidando, moldando,
o conteúdo do caixão,
para as bactérias e vermes.
Pó é o que encontrarão.

Breve virá!
Breve virá!
Será?

A tempestade se aproxima.
Nas palavras, promessas.
Certas, incertas.
Na voz de quem,
nos olha lá de cima.
Pare, pense, reflita.
Aprenda, ensine.
Não se omita.
Os ponteiros andam
de passos largos
não importa se é doce
ou se é amargo.
Tudo pode acabar
em um segundo.
Qual será sua herança
deixada neste mundo.

Tempestade se aproxima.


Autor: Wandermilton Souza Corrêa

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